Não
sou mais uma garota meio bombadinha que fazia futebol e handebol (depois de um
passado com ballet e ginástica de solo). Não sou mais a menina meio menino que
estudava no ensino médio e sempre odiava o povo popularzinho da escola. Não sou
mais aquela que queria fazer medicina na Unicamp a todo custo. Não sou mais
aquela que pôs um piercing tranversal na orelha aos 13 anos só porque queria
mostrar sua revolta. Mas tudo isso ajudou a ser quem sou e a escolher meu modo
de vida.
Cansei
de esportes pesados, cansei de brincadeiras fora de hora e absurdas (com
conotação sexual ou não), cansei de não conseguir mais de 10 minutos de
conversa séria, sem alguém soltar alguma coisa infame e extremamente desnecessária,
acabando com a conversa. Cansei de gente fanática religiosa e seus preceitos
que atrapalham a vida alheia. E, principalmente, cansei de ter gente não
compreendendo que sou um ser humano do sexo feminino, que sente dor, cólica,
TPM e sim, não gosta de ouvir “nossa você engordou” (eu tenho espelho em casa,
sabiam?).
Não
suporto homens agindo como pré-adolescentes. Não suporto mulheres cheias de
mimimi e frescuras. Não suporto gente futil, ignorante e burra. Não suporto
machismo nem feminismo. Não suporto homens que se acham machões e dizem pegar
todas as mulheres por aí (como bem lembrado por minha querida irmã: esse é
macho, só de baixo de outro macho).
Tudo
o que eu quero hoje é sentar em uma roda de amigos, tomar uma cerveja (ou uma
coca-cola) ouvindo uma boa música e falar sobre a vida, trabalho,
relacionamento. Ou então ter um momento mulherzice entre amigas. E porque não
exercitar meu lado nerd e passar um dia todo jogando video game e jogos de
tabuleiro?
(ao lado, a maior mudança da minha vida... Agradeço a todos os dias por ter finalmente compreendido a importância de alguns passos na minha vida)
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